No último post, designo-me como “nós, abaixo assinados”, mas bem que poderia ser “eu, abaixo assinado”. Redigi uma espécie de manifesto ou abaixo assinado com três propósitos:
1. Repudiar e chamar pelo nome os atentados do PCC: terrorismo.
2. Dar apoio às vítimas do conflito e às suas famílias.
3. Exigir o rigor das leis.
O meu porquê é simples. Primeiro porque há um déficit por parte da população e na imprensa na condenação dos ataques do PCC. Quase não percebemos o grau de injustiça ao condenar (nem sempre injustamente) a polícia e esquecermos dos bandidos.
Segundo, é preciso tratar o assunto com a gravidade devida e chamar as coisas pelo seu devido nome. O PCC espalha o terror e suas ações, mesmo que não atinjam diretamente a população, ferem as instituições que existem para nos proteger e que estão na base da democracia.
Terceiro, é necessário que deixemos de procurar soluções paliativas, para um problema duradouro. Não será o Exército ou a Força Nacional que resolverá. Um dia ela vem, no outro vai. Quando ela for, o crime volta. Leis existem, precisamos fazer com que elas sejam cumpridas.
Há meses que os ataques começaram e até agora o que vemos é um jogar a culpa no outro pela responsabilidade. Chega de procurar razões para a força do PCC e a culpa por ela. Chega de jogar a culpa no social, encaremos o problema e que se faça, à força, cumprir as leis.
Chega de chorar só a morte de bandidos - as supostas vítimas do social -, tá na hora de dar apoio àqueles que nos protegem. O Brasil precisa de uma operação “Mãos Limpas”, como na Itália, ou uma operação “Tolerância Zero”, como em Nova Iorque.
No mais, pensemos também na nossa própria responsabilidade, até quando vamos comprar maconha pensando que com isso não somos responsáveis pelo dinheiro que alimenta o crime? Um pouco de auto-crítica faz bem de vez em quando.
A idéia do abaixo-assinado é só brincadeira, mas não me furto em colher algumas assinaturas. Odeio manifestos e abaixo-assinados, balaio de gato em que o “nós” do começo do texto só faz eliminar a maioria das assinaturas. Se levar adiante, será pra poucos, a começar por nós.
Talvez o início seja só com os jornalistas e comunicólogos daqui. Pra que? Para pautar a imprensa depois talvez. Com o quê? Com os três propósitos acima. Se passar adiante, substituirei o “nós” por “eu”, e que só assine aquele que for 100% a favor.
Chega de balburdia?
Márcio
domingo, agosto 13, 2006
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4 comentários:
É mesmo.
É melhor parar de fumar.
Angustiada
Popovick.
Ué, plante!
Ai, morro de medo!
Já que a culpa é de quem fuma a erva maldita, acho melhor eu passar meu blush ou comer amendoim chinês.
Tô de olho em vc Mr M.
Popovick.
O amendoim não é japonês?
M.
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