segunda-feira, agosto 14, 2006

Dadá, um sobrevivente

Trinta e cinco minutos e 22 segundos. Esse foi o meu tempo na Meia-Maratona Braskem de revezamento, que disputei, como membro de um quarteto, no último domingo. O melhor do meu time fez 26 e o pior 32. Corri 5,2 km. Nada mal para quem ostenta 104kg, apesar dos 25 anos. Se houvessem categorias por peso, como no boxe, certamente, estaria no podium.

Mas, infelizmente, a maratona ainda não inseriu tal regra em seus regulamentos, e eu, provavelmente, fiquei no pelotão intermediário da prova. Isso lista oficial. Porque, para mim, eu fui o primeiro.

Há três meses sem correr e sem nenhuma atividade física regular, sob um calor de 35 graus, tive medo de não conseguir completar a prova, vivo ou morto. Receio compartilhado com os amigos aqui do blog e, como atesto com esta mensagem, felizmente, não se concretizou.

Lamento apenas pelos que esperavam ávidos pelo meu empacotamento, para herdar minha valiosa herança. Mas, fica um consolo. Em outubro, tem corrida no Dique. Estarei lá. Portanto, mais uma possibilidade de Dadá passar desta para uma melhor, ou pior, precocemente. Desta vez, Nanda e Willow, prometo incluir vocês no testamento.

Acho, porém, que a possibilidade de bater as botas será menor, uma vez que pretendo me preparar e fazer 6 km no Dique abaixo dos 25 minutos. É possível, apesar do trecho maior que da Braskem. Primeiro porque a trajeto é plano e segundo porque estarei em melhores condições físicas e, provavelmente, com 10 kg a menos. Além de, claro, possuir maior experiência no assunto.

Gostaria de reiterar o meu convite àqueles que ainda não praticam o esporte, especialmente, as corridas. Vale a pena. Indescritível a sensação de superar os próprios limites e cruzar a linha de chegada com uma multidão de desconhecidos te aplaudindo e incentivando. Me senti o próprio Vanderlei Cordeiro de Lima. Dei aviãzinho e tudo na reta final. Acenei, tirei o boné. Foi emocionante demais. Não chorei porque sou macho “pacas”.

Só faltou Galvão Bueno gritando: “Momentos dramáticos. É a chegada. Dadá vem voando baixo. Vai Dadá! Um exemplo de vida para todos os brasileiros. Menino humilde de Salvador. Segura que eu quero ver! Você consegue, garoto. O Brasil inteiro torcer por você. Ele parece exausto, mas luta contra a fadiga. A galera incentiva, vibra junto com o ele. Dadá leva o Brasil inteiro nas pernas. Haaaaaaaja coração! Ele vira a última curva, vai conseguir. Da terceira divisão para o podium, Paul Dadá Tergat, do BRASIIIIIL!!!! É teeeeee...tra!”

Tenho que destacar ainda a socialização. Você cruza o tempo todo com gente que conhece, passa a conhecer novas pessoas, sem contar que o trajeto – Farol da Barra/ Adhemar de Barros/ Farol da Barra –, num dia de sol, é bonito demais. Isso sem falar nas gatinhas. Para quem gosta, é claro. Nunca pensei que um evento desse fosse atrair tanta mulher bonita. As que ganham são bizarras, é verdade, mas as coadjuvantes... FANTÁSTICAS! Tem também medalha de participação, massa, por sinal, e lanchinho no fim, com maçã, sanduíche, banana e energético.

Dica para quem quiser se aventurar no ano que vem: Na antevéspera, vá pro Enecom, com Zé, encha a cara e durma dentro do carro, na Ufba. Chegue em casa 8h30 da matina. Na véspera, coma muita massa e durma cedo. No dia, de manhã, banana. Não se empolgue na largada. Vá devagar porque uma subida monstra te esperar depois do Cristo. Quando passar, mantenha um ritmo dosado até chegar na Adhemar de Barros. Depois que chegar no Cristo, voltando, ladeira abaixo, incorpore o Robson Caetano e desça na banguela. Mas cuidado para não perder o fôlego e dar vexame na chegada, onde ficam a galera e as câmeras. Você não vai querer chegar que nem aquela suiça nas Olimpíadas de Los Angeles, né? Ao longo do trajeto, tome banho com os copinhos d’água, mas beba o mínimo possível, para não dar dor de facão.

Beijos de um futuro ex-gordo, meeiro, pobre, ainda vivo, e agora atleta.

Paul Dadá Tergat

10 comentários:

Manelé na Tela disse...

Sacanagem!
Eu tava precisando de uma camisa nova do Bahia...

Rafson

Manelé na Tela disse...

massa, dau! me fez lembrar as minhas corridas na espanha. tb estava gorda e sem praticar esporte há mais de um ano. no primeiro dia, quase morri com os 3km abaixo de uma calor de 38°. mas o banho de mar depois recompensou. no final, já fazia as trilhas todas correndo, tanto nas subidas, quanto nas decidas, acompanhada do meu cachorro lindo (brisco!). mas agora, acho que pouco aguento... gostaria até de praticar com vc, mas ir pra barra todos dias é difícil. ainda mais para uma pessoa que fica sem carro durante o dia. qualquer dia desses a gente marca uma corridinha de leve, se vc topar ir no meu ritmo, claro (lembrando que sua perna é o dobro do tamanhod a minha!)!
beijão!
ah! tem uma galera lá da academia que participa dessas coisas e marcam de correr sempre. taí um canal!
mais beijos,
M2.

Manelé na Tela disse...

Só uma correção: o pior da equipe não fez 32 minutos, fez 35 minutos e 22 segundos. Foi você, Dadá.

Amoêdo

Manelé na Tela disse...

Valeu, Zé.

Paul Dadá Tergat

Manelé na Tela disse...

Já sei quem é M2!

Vamos marcar. Na corrida, do Dique, vc pode correr na minha equipe, se quiser.

Beijos.

Paul Dadá Tergat

Manelé na Tela disse...

oxi, vc não sabia que M2 era eu? achei que todos sabiam. só por via das dúvidas: M2 = Marina.
É que achei um absurdo Marcinho tomar a assinatura do M pra ele. afinal, já uso isso em e-mails a anos! Mas não tenho problema em ser a número 2...

Manelé na Tela disse...

ah, dau! não aguento correr 6 km seguidos em velocidade não... falei pra vc: a gente marca, se vc topar ir no meu ritmo! hehehehe
beijão!

Manelé na Tela disse...

A gente pode usar junto, M, assim despistamos todo mundo... hehe.

M?

Manelé na Tela disse...

Falou. A gente corre quanto vc aguentar. No começo você pode não conseguir, mas depois de uns três treinos, vc aguenta.

Bj.

P. Dadá Tergat

Manelé na Tela disse...

OK, M.
M3