sexta-feira, agosto 25, 2006

Tem que ser na boca do estômago!



Eu vi o programa de Alckmin ontem mas acho que aquilo ainda é muito pouco. Eu acredito que ele vá aos poucos crescendo nos ataques, mas se eu fosse seu marketeiro, usava metade do tempo do espaço reservado ao partido (que é bem grande) pra fazer um programa como esse aí de cima do PFL. Não se pode deixar de fora os escândalos desse governo (isso é informação necessária); e mais, como marketeiro, eu colaria a imagem de Lula aos de seus amigos Chavez, Morales e à do ditador Fidel.

Além disso há muito coisa contro o governo de Lula: o “seqüestro” da Petrobrás, os crimes do MST, do MLST, da Via Campesina, os milhões destinados as ONG’s dos amigos dos petistas, a criação de mais milhares de cargos em comissão, do loteamento do Estado, do assistencialismo, do patrimonialismo e populismo; os delírios autoritários, o caso Larry Rotter, o Conselho Federal de Jornalismo, a tentativa de mordaça no Ministério Público e também nas CPI’s, o caso Celso Daniel.

Claro está que ao fazer isso será preciso também se defender, afinal muito coisa há de atacável também nos adversários. Porém, quem tem mais a perder é Lula, e não só porque está na frente, mas porque há material fresquinho contra ele, em imagens e depoimentos, não só dos seus amigos, mas dele também (ou alguém se esquece dele dizendo que o PT faz o que sistematicamente se faz no Brasil? Bastos depois falou, “caixa dois é coisa de bandido”, não vai usar?).

Sobre o vídeo. Esse é um programa curto, de pouca duração. É em estilo jornalístico, daquele típica retrospectiva que os jornais fazem de algum assunto em especial, principalmente quando refazem a biografia de alguém que morreu. Não aparecem candidatos nem sequer a sigla do partido (a não ser no final, pequeno, por alguns segundos). Infelizmente não achei o vídeo completo. Estou postando porque falamos dele tempos atrás e alguns não tinham visto. Quem quiser se aventurar, está aí.

Pra mim o slogan da campanha - que deveria privilegiar os ataques durante os comerciais no horário nobre – seria... porra, não fiz publicidade – Willonildon ou Popovick ou até mesmo Zé poderiam me ajudar -, seria algo que diga que o Brasil não quer um governo para os “companheiros”, e sim pra os brasileiros.

Até mais, senhores.

Márcio

5 comentários:

Manelé na Tela disse...

Antes Márcio analisava, do ponto de vista político, social, econômico, ético e etc o que era melhor ou pior para o Brasil, no julgamento dele, claro. Agora, talvez porque admita que Lula governou melhor que o PSDB e tem as melhores propostas entre os canditatos atuais, assume a posição do marketeiro, que no fundo só pensa em ganhar a eleição, vender o produto que tem ou, em caso de desespero, atacar o produto rival.

Amoêdo

Manelé na Tela disse...

Zé botou pra fuder! Márcio, quero tréplica!

Botando ar!!!

Cristovam Dadá

Manelé na Tela disse...

Zé,

A suposta boa administração não apaga w nem diminui os inúmeros erros (para ser eufêmico) do Governo Lula.

É por isso que, entre Luladrão e Chuchu, fico com Cristóvam.

Dr. D

Manelé na Tela disse...

Eu falo do é melhor ou pior para o Brasil, no meu julgamento, claro. E você fala agora que "talvez" eu admita que Lula governou melhor e tem as melhores propostas entre os candidatos atuais com que julgamento?

O meu voto todo mundo sabe, e eu voto naquilo que eu acho melhor, e não pra ganhar a elição, como se fosse uma competição, que depois de ganha se esquece.

Agora, sobre o programa, é preciso sim mostrar todas esses fatos que listei porque, mesmo que você não queira, muita gente quer ter explicações sobre esses casos. Isso é informação e não é mentira. Propaganda política é um espaço não só pra mostar o Brasil sempre belo do futuro, é o espaço também necessário pra descontruir essa imagem linda que cada um chama pra si.

E mais, se no seu balanço daquilo que é um melhor governo figura o bem estar econômico como algo que se basta, você estará legitimando o "rouba mas faz". Você pode acreditar a vontade que nesse governo se fez mais do que em toda a história desse país, é um problema evidentemente seu, você deposita sua confiança em quem quiser, você já tomou sua decisão.

Eu continuo achando o que eu acho desde o início e você também sabe o que isso quer dizer.

M.

Manelé na Tela disse...

Ah! E por sinal, boa a tentativa de Eymael (ou foi Bivar) de falar de suas propostas e depois mostrar a cadeira vazia, em referência a ausência de Lula no debate. A idéia foi boa, mas ficou muito teatral, faltou um bom diretor.

Cristovam mandou bem ontem igualmente, criticando o governo Lula; só pega mal essa mania de toda vez que vai pro Rio Grande do Sul ficar colocando flores pra Getúlio... Um dia se ele for competitivo, e alguém quiser derrubá-lo, é só descontruir a figura do ditador populista... não dá pra criticar o populismo assitencialista de Lula e colocar flores pra Getúlio, é um contra-senso!

M.