Hoje estava lendo o jornal quando me deparei com uma matéria que me comoveu. Era um baixista baiano que dá aulas para surdos. Movido pela comoção, pensei eu, vou criar uma ONG.
Existem tantas pessoas necessitadas de tutela hoje em dia... Mas vou logo correr atrás do meu miserável porque, vocês sabem, tem tanta ONG por aí que é preciso sair no tapa pra garantir o nosso pobre.
Hehehe.
É brincadeira, é brincadeira. Não é que falte pobre ou miserável, isso é uma mazela brasileira, de fato. Tô preocupado é com esse lance de cotas que está pra ser votado no Congresso. O nome da vez é reparação social.
Bom, se for pra ter reparação e cotas pra tudo, vamos lá:
Pros velhos, pelos jovens.
Pros jovens, pelos velhos.
Pros míopes, pelos estrábicos.
Pros estrábicos, pelos míopes.
Pros gordos, pelos magros.
Pros magros, pelos gordos.
Pros deficientes, pelos eficientes.
Pras mulheres, pelo machismo.
Pros viados, pelo machismo.
Pros anões, pelas balas de canhão de circo.
Et al.
Escolha seu oprimido, reparação neles!
E ah! peçamos dinheiro ao governo, é claro, pois hoje ONG sem financiamento estatal não é ONG, né? hahaha... cotas!
Do injustiçado
Márcio
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