Xô, retrocesso
São inegáveis os avanços recentes do nosso futebol. A implantação do sistema de pontos corridos, o respeito às regras de acesso e rebaixamento e a progressiva redução do número de clubes das séries A e B - até o desejado limite de 20 -, aumentaram a competitividade e foram reconhecidos pelo torcedor com o aumento das médias de público e da audiência das tevês.
O próximo passo, já anunciado por Ricardo Teixeira, da CBF, é a adequação do nosso calendário ao do resto do mundo, idéia encampada pela maioria dos clubes, como revelou pesquisa deste LANCE!.
Mas tudo o que é bom pode durar pouco...E o fantasma do atraso bate às portas do nosso fut.
De um lado, a TV Globo, que, em clara e legítima defesa de seus interesses comerciais - nem sempre os dos clubes ou os da sociedade - se levanta contra a mudança do calendário. De outro, o Clube dos 13, liderado por Eurico Miranda, melhor representante dos vanguardistas do atraso, em surpreeendente sintonia com a TV Globo, que propõe a volta de 22 clubes na Série A. Sem dúvidas, um esforço para manter seu poder e proteger aqueles que, pela incompetência de seus dirigentes, temem não segurar no campo uma vaga na elite.
É preciso resistir. A manutenção do calendário atual fará com que os clubes continuem a perder talentos em pleno Brasileirão, comprometendo o interesse do torcedor. O aumento do número de clubes vai baixar a rentabilidade dos jogos, sacrificar os jogadores e acabar com a possibilidade de que os clubes excursionem e faturem mais.
Do Clube dos 13 espera-se racionalidade. Da CBF que não ceda.
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
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