sexta-feira, janeiro 07, 2005

VI – Reveillon Barra Grande: A virada

Era apenas o início da noite de virada de ano e Borestia já tinha dado sua virada de dia mesmo. Fazer o que? Esse lance de dar o biziu subiu-lhe a cabeça, pra não indicar outro lugar... Enfim, lá fomos nós pra praia pra passar o ano... Dada, Tami, Broa, Cara de Rato, Zé, Lontra e eu...

Já estávamos todos bem pra lá, e não apenas de cerveja: nossas mães que nos perdoem, mas só tem marofeiro nessa porra! Enfim... na praia, a galera foi se reunindo... encontramos a galera da facom que tava com Cara, Não Lemos, Candice e noivo, e nos batemos, literalmente, com Kel...

Foi engraçado. Pelas contas, devemos estar pelo menos em 2009 de tantas que foram as contagens que Dadá e Tami fizeram! E virada é aquela coisa, como todos sabem: champanhe, abraços, “feliz ano novo”, ondinhas e um monte de macumba pela areia da praia... bom é depois...

Dadá, doido, tresloucado como sempre, cantou o hino da queda do Vicetória, cantou parabéns para o aniversário do Bahia com vela de macumba, apagou e chutou todos os desejos depositados numa oferenda deixada na areia por alguma macumbeira e dormiu mais tarde num palhaçal...

Depois da virada, fomos todos pro bate-estaca. Todo mundo bem legal, diga-se. Especialmente Cara de Rato e sua turma, que tomaram doce e estavam pra lá de Bagdá. Um tava travando os dentes, Cara tava com o corpo teso, todo contraído, e outros dois passaram a noite chupando gelo!

E Zé, claro, passou a noite sequelando todo mundo! A noite toda passou, ele e Broa, chamando os nomes da galera de longe... E Cara de Rato dizia:

- Zé é foda, fica sequelando a galera...

E Borestia, que de repente sumia e ia sentar muito doido na areia, pois já ouvia coisas à essa altura:

- Caralho, eu tô ouvindo o meu nome direto, velho! Tive que sair daqui e sentar na areia, tá foda! E eu tô ouvindo o meu celular tocar direto, e ele nem ta aqui, deixei no camping!! Eu vou dar o biziu!!!

Pois é, a madrugada foi foda! Eu mesmo comecei a ver as coisas distantes... Resolvi então sentar na areia com a garrafa de vinho que confisquei de Cara de Rato, que a essa altura tomava um copo cheio de uísque, puro! E Zé e Broa continuavam: “Márcio, Márcio, Márcio...”

Só lembro depois que encontramos Gina perdida com uma galera baixo astral, me bati com Não Lemos, a macumbeira que pulou mais de vinte ondinhas (desespero da porra, haja pedidos!), e lembro da empolgação de Kel, doidinha, de lá pra cá, se batendo em todo mundo, fiquei tonto....

No final, deu fome e fui pro camping, já muito tarde, ou cedo. Foda dormir, quando entrei na barraca fiquei surpreso, a barraca tava grande pra caralho! Viajei naquela profundidade toda, que borofa massa aquela! E o noivo de Candice não parou a noite toda: “o que tinha naquela marofa?”.

A madrugada acabou com o show de Broa no camping. Bêbado e travado, resolveu sentar pra comer na frente da minha barraca e de Zé. Ele ria e falava sozinho, “Zé, Zé... Márcio, Márcio... Darino, Darino...”, e ria sozinho... uma Broa feliz num final de noite de Reveillon...

Mas Broa se supera, é lógico! Comendo e rindo sozinho, ele caiu da cadeira, imbecil. Não se contentando com isso, indo com destino pra sua barraca, tropeça e caí sobre a nossa!

- Porra, Broa!

Ele tava caindo sobre mim e quase destruindo nossa barraca... Ele tenta levantar, mas lerdo como sempre, cai de novo em cima da porra da barraca! E o merda só fazia rir sozinho....

Lamentável...

Márcio

Um comentário:

Manelé na Tela disse...

Acho que tenho que parar de beber...