A voz era mansa, de certa maneira até preguiçosa, era uma calma em contraste com a rapidez com que suas palavras empurravam umas as outras, tornando sua fala um zumbido intermitente e difícil de entender. Ela era mineira - e é incrível como esse povo não gosta dos finais das palavras!
Ela tentava nos explicar uma expressão popular de Minas, e que até ali nos acompanhava como uma metáfora aberta, bem aberta inclusive, Borestia que o diga!, mas a única coisa que conseguimos captar foi um rumor que no final nos deixava um monte de peças pra remontar.
E lá fomos nós (leia-se: Zé, Borestia, Broa, Dada, Tami, Cara de Rato e eu), comentando tudo aquilo e lembrando de nosso amiguinho carioca solitário, coitado. Já íamos lá pela metade do caminho ao nosso destino, quando alguém, incontido, remata aos risos: “Deduca deu o bizio”.
Antes, porém, de entrar em detalhes nessa tal expressão, coloquemos as coisas em ordem. Estamos já em Barra Grande, no dia da virada, e só coloquei o carro na frente dos bois para pontuar um detalhe de grande relevo e para dar um suspense nessa, vejo, longa narrativa.
Portanto digo que aqui é só início de meu relato sobre nossa viagem. Irei postando aos poucos os melhores momentos do Reveillon de acordo com as minhas lembranças, sem precisamente seguir uma linha cronológica, e claro, sem seguir também com qualquer rigor de veracidade dos fatos.
Espero que meus companheiros também contribuam com suas lembranças, e pilhas! E lembro também que deixarei as frases mais brilhantes da viagem para que Dadà as compile para publicação, pois não foram poucas!
Márcio
terça-feira, janeiro 04, 2005
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Um comentário:
Só um aviso: o meu relato está dividido até agora em oito partes, num total de seis páginas. Vou colocar cada parte de doze em doze horas, portanto, preparem-se!
Márcio
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