Como um dos jornalistas esportivos do grupo, apesar de não mais atuante, sinto a obrigação de dar a minha palpitada com relação ao time que Parreira deve escalar no próximo jogo, amanhã, contra Gana.
Antes, vai uma crítica ao nosso treinador. Ele deveria ter levado um jogador com as mesmas características de Robinho no elenco para a Copa, ou seja, alguém que parta com a bola dominada em velocidade, jogue pelas laterais do campo e tenha mais mobilidade que um centroavante nato, como Ronaldo, Adriano e Fred. Quem melhor preenche esses pré-requisitos e deveria estar na Copa, compondo o elenco, era Nilmar, do Corinthians.
Um jogador com as qualidades de Nilmar e Robinho, fundamental na puxada de contra-ataques, vai fazer muita falta contra Gana, um time que virá para cima do Brasil e, consequentemente, deixará espaços defensivos que seriam bem explorados por atacantes velozes.
Mas, como Nilmar não tá lá, aí vai a minha “solução” para a ausência do Robinho.
Eu acho que Parreira deve manter Dida, apesar da falha no primeiro gol do Japão. Tentou adivinhar o canto e se abaixou antes do arremate, quando a bola foi em cima dele. Mas pela boa estréia contra a Croácia, apesar das “bizarrices” no jogo com os australianos, deixa ele lá.
Na lateral-direita, Cicinho tem que jogar. A recomposição dele não é das melhores, mas vai tão bem ao ataque que merece a vaga de Cafu, que, além de recompor mal, é um zero à esquerda, ou melhor, à direita, quando apoia. Na esquerda, pela experiência e por Gilberto não ser melhor, volta Roberto Carlos.
A zaga, apesar de Lúcio, vai bem, e fica com ele mesmo e Juan. Este último, aliás, o mais regular jogador brasileiro na Copa.
No meio, escalaria Gilberto, um dos melhores contra o Japão. Tem o mesmo vigor físico de Emerson, mas é melhor no passe e mais rápido. Ao lado dele, voltaria Zé Roberto. Juninho Pernambucano assumiria a meia-esquerda, já que Ronaldinho Gaúcho iria para o ataque para suprir a ausência de Robinho. É a melhor opção. Kaká fica, Ronaldo, que calou minha boca, também.
O meu time, portanto: Dida; Cicinho, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho e Kaká; Gaúcho e Ronaldo.
Esse é o meu desejo, mas Parreira vai de: Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto; Emerson, Zé Roberto, Juninho e Kaká; Gaúcho e Ronaldo. No time dele, Cafu e Emerson jogam. Cicinho e Zé Roberto não. Ainda assim, é um time equilibrado e muito melhor que Gana.
No contra-ataque, dá 3 a 0 para o Brasil.
Obs: Parreira tá na dúvida entre Gilberto e Emerson, por causa da brilhante atuação do segundo frente aos japoneses. Isso ficou nítido no Fantástico de ontem, quando um grupo de surdos leu os lábios de Parreira dizendo: “gostei muito (do Gilberto). Vai ser foda se tiver que deixar o Emerson fora”. O meu chute é que o conservador Parreira não vai querer se indispor com Emerson, um dos líderes do grupo. Mas o justo é Gilberto jogar.
Dadá Kfouri
segunda-feira, junho 26, 2006
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6 comentários:
Concordo em parte com você e em parte com Parreira. Não tiraria Cafu; Cicinho não tem disciplina tática nenhuma. Mas também tiraria Emerson, chorando, mas tiraria.
Ah! por sinal, muito bom esse quadro do Fantástico. Ver Parreira mandando os críticos de Ronaldo tomarem no cu simplesmente não tem preço!!
M.
Troco a disciplina tática de Cafu pelo gás, talento e melhor cruzamento de Cicinho, mesmo sabendo que experiência, em Copa, é importante. Mas a vivência do restante compensa...
Dadá Bueno
Eu troco o melhor cruzamento pela escolha em não tomar gol pelas costas como tomamos contra o inexpressivilíssimo Japão.
M.
Tomamos 1. Fizemos 4. Prefiro assim a ganhar de 1 a 0...
Mas não espere de todas as equipes a mesma incopetência do ataque dos japoneses ou australianos, nem a defesa dos nipônicos ou ganeses.
M.
vai rolar zunhada
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