Ronaldinho Gaúcho não é comparável a Maradona, muito menos a Pelé. Por mais que ele tenha sido, incontestavelmente, o melhor jogador do mundo nos últimos dois anos, ele não chegará perto do patamar máximo para um jogador de futebol enquanto se considerar mais um na nossa seleção.
Esse patamar máximo julgo ser a consagração em uma Copa do Mundo. Ele pode arrebentar dez anos seguidos em um campeonato europeu, mas não chegará nem aos pés de Ronaldo Gordo, ou mesmo Romário, enquanto não se der conta de que é acima da média e assumir a responsabilidade em sê-lo.
Craque mesmo é aquele que chama a responsabilidade pra si (como ele faz no Barcelona) e assume um posto de liderança. Como fez Maradona enquanto jogou pela Argentina – principalmente em 86. Como fez Pelé – principalmente em 70. Como fez Romário em 94, ou até mesmo Garrincha em 62 ou Zidane em 98.
Ronaldinho Gaúcho deve uma apresentação fantástica na seleção, sem dúvida, mas hoje nos contentamos com uma boa apenas – o que está difícil. Quem quer ser erguido a um patamar maior no futebol tem que fazer o que Romário fez no jogo Brasil e Uruguai, antes da Copa de 94 – pra mim a melhor partida da seleção até aqui.
Por isso eu acho que chega dessa conversa mole de modéstia exacerbada. Ronaldo sabe que ele é o cara e age sabendo disso. Parreira bem o sabe, tanto que não o pôs na reserva. É bom que se cobre de Ronaldinho o posto que lhe cabe e parar com essas evasivas e desculpas de que na seleção ele é apenas mais um.
Dei meu palpite
Até
Márcio
terça-feira, junho 27, 2006
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3 comentários:
típico complexo de liderança.
Quero alguém para me liderar.
Quero que alguém me lidere.
Ai.
Eu quero Kurt.
Concordo com tudo que Márcio falou.
Amoêdo
Eu ainda aposto: ele vai te calar...
Carlos Alberto Dadá
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