Darino. Você comete um erro grave. O seu erro é igualar a todos com o voto nulo, e a Alckmin à Lula. Cuidado. Você, que agora se diz anti-PT, inclusive faz o jogo deles: dizer que todos são iguais. Não são e eu vou te dizer por quê. Agüente agora que o negócio é longo!!
O caso da Nossa Caixa não é mensalão. Ponto. Uma coisa é direcionamento de propagada (não de verba de propaganda, diga-se) para publicações favoráveis ao Governo. Outra coisa é o desvio de dinheiro de Estatais para pagar diretamente a deputados em troca de apóio.
Existiu irregularidade no caso da Nossa Caixa? Existiu sim. Porém, a diferença foi que a Nossa Caixa percebeu a irregularidade, abriu sindicância, observou a irregularidade, remeteu ao Ministério Público e puniu o responsável com demissão e processo administrativo.
Agora, vale dizer que isso não aconteceu hoje, ou ontem, isso já faz mais de ano. É caso requentado. A denúncia partiu depois que a Nossa Caixa remeteu os processos da sindicância ao Ministério Público, que vazou a informação. Normal. Deve ser investigado.
A diferença, Darino, é que a investigação partiu da própria Estatal e Alckmin logo demitiu o assessor quando a Folha noticiou. Lula, a quem você o iguala, protege até a morte seus queridos companheiros, a quem ele chama de “amigos do peito”, mesmo na clandestinidade.
O seu erro é tudo o que o PT quer para todos nós: dizer que todos são iguais. Não são. Não entro na ladainha de quem deu sua vida pública (e se elegeu por isso) ao discurso e a imagem de ser diferente (ético) e que hoje encobre seus crimes se dizendo iguais a todos.
Uma ova! Todos iguais não!
Lula e o PT devem a suas vidas a essa falácia de serem os únicos portadores do DNA da ética. Hoje, no entanto, dizem: “todos fazem”. Fazem não. Se fizerem, provem. Foi o PT que foi pego com a mão na botija, não outro.
O mensalão foi dinheiro pago na mão de deputados em troca de apóio no Congresso, ou seja, corrupção. O PT lutou essa semana inteira não contra as evidências dos pagamentos (dois lideres até assumiram) e sim contra o termo “mensalão”, ruim pra campanha de Lula.
Não se nega o crime, evita-se a imagem do crime.
Não iguale os desiguais, Darino, é mentira dizer que Alckmin despachava verbas publicitárias da Nossa Caixa. Não é sua função, ele não tem esse poder. Embora ele possa exercer pressão, é leviano e mentiroso dizer que ele o fazia diretamente como Petry disse.
Da mesma forma é dizer que Alckimin “enterrou” 61 CPI’s. Primeiro que não é ele quem impede a instalação de uma, embora seja beneficiado. É o Legislativo, que é formado por vários partidos, de situação e oposição... mas isso eu vou deixar pra falar em outro post.
De ressaca...
Márcio
sábado, abril 08, 2006
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7 comentários:
Rapaz, sobre Lula e os petistas eu assino embaixo em tudo que vc disse. Por favor, só não me compare a esses pulhas.
Agora, sobre Chuchú, eu não concordo. Tudo bem que o caso da Nossa Caixa tinha sido dado como encerrado há algum tempo. Mas o secretário de comunicação do ex-governador, Roger Ferreira, só caiu semana passada, por causa do noticiário da imprensa.
Outra, para mim, crime cometido, não importa a época, é crime. O fato de ter passado um ano ou uma década não inocenta ninguém. A prática de Chuchú pode parecer menos grave porque ele teve ao menos a preocupação mínima de mascarar o que fazia. Aliás, deve ter sido menos mesmo, mas não deixou de ser grave. Já o PT se lambuzou com tanta grana e meteu o pé pelas mãos. Deu no que deu... Além do montante envolvido ser muito maior.
Se verba publicitária de banco estatal não é dinheiro público, o que é?
Olha, Lula e Alckmin podem até não ser farinhas do mesmo saco. Talvez tenham cores distintas, porque uma pode ser de mandioca estragada e outra de chuchú passado. Mas são farinhas igualmente podres e de péssima qualidade. Um pode ser pior que o outro, mas pela ruindade inerente a ambos que não voto em nenhum deles.
Ah, e tem mais: pior que "meu erro grave", como vc diz, é aceitar doações de R$ 1 milhão em vestidos, como fez aquela que, se depender de vc, será a nossa futura primeira dama...
Dadá Ex-petista e Anti-Chuchú!
Veja bem:
1. À publicidade da Nossa Caixa quem responde é a Nossa Caixa.
2. Não é verba publicitária, é veiculação de propaganda oficial.
3. A propaganda oficial é assegurada em lei.
4. Infelizmente, as leis deixam brechas por onde os políticos canalizam as propagandas governamentais para veículos que lhe convir, de acordo com os critérios de publicidade. Ou seja, infelizmente, embora seja punível pela ética, é reguardada pelos limites, muito amplos e ambíguos, da lei.
5. Exemplo disso é o Governo Estadual que publica suas propagandas no Correio ou o Governo Federal que prefere a Época do que a Veja. E o que você acha do fato que a Carta Capital aumentou em 300% a receita vinda de anúncios do Governo Federal?
6. O caso da Nossa Caixa ainda não se configurou como crime. A Folha levantou a denúncia (somente agora) de que o assessor de Alckmin influia no processo. Caiu prontamente.
7. O problema é da lei, e os políticos usam disso para ampliar ao máximo seus limites e colocar a propaganda oficial nos veículos que lhes convêm.
8. Por isso é que é tão improvável que esses casos se configurem em crime prescrito em lei. O máximo a que se chega é questionar a moralidade disso.
No mais, reitero: não é verba publicitária, é veiculação de publicidade em veículos de aliados.
Infelizmente, a lei não diz muito.
Infelizmente, políticos são donos de empresas de comunicação.
Infelizmente, quando não têm, eles criam relações com os donos delas.
M.
faltou responder sobre os vestidos...
Dona Marisa
Não deixa de ser maracutaia.. tão metendo a mão da mesma forma... mas, parabéns pelos esclarecimentos.
Dadá Eloísio Heleno
Sim, e os vestidos, companheiro?
LULA
Lula, sobre os vestidos, Lu bem que poderia falar o mesmo que Marisa falou, pois ela também cometeu as mesmas bafes de receber vestidos de estilistas.
Por enquanto ainda essa história não está muito clara. Não se sabe quantos foram os vestidos ao certo e ainda não se sabe se realmente Lu Alckmin doou todos os vestidos ou só alguma parte dele.
A questão dos vestidos não vai derrubar ninguém, nem Lula, nem Alckmin.
M.
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