terça-feira, abril 11, 2006

Acreditar no PSDB?

Senhores,

Concordo com todas as críticas ao Governo Lula e ao PT. Aliás fui o primeiro a ressaltar tais exemplos num debate com o Deputado Federal Walter Pinheiro. Nunca acreditei que você tivesse escolhido o PSDB como forma de penalizar o PT. Quem assim faz, esquece porque está votando. Nesse caso, prefiro até o voto nulo.

Agora, acreditar que o PSDB respeita mais as instituições, não faz uso das mesmas e nunca interferiu no poder legislativo não é correto. Pelo menos não depois de oito anos, nos quais o PSDB teve total liberdade NA imprensa, assim como apoio em diversos atos. Até para enterrar CPIs importantes: dinheiro de campanha no exterior não é privilégio do PT. Não nos esqueçamos que houve também pagamento a parlamentares para aprovações no Congresso. Quem quis não pôde investigar. Os tucanos também não quiseram retroceder as investigações sobre as ações do Marcos Valerio antes do Governo Lula.

De modo algum estou justificando a corrupção deslavada do PT, nem igualando os dois partidos. Cada um fere a justiça a seu modo. E não só eles, a gente vive na Bahia e sabe o que o PFL faz. Quer dizer, quase nada foi provado contra o PFL e pouca coisa contra o PSDB, mas nem tudo foi provado contra o PT, se a questão é essa.

Não aceito, em hipótese alguma, que os tucanos sejam claros em suas medidas. Realmente, eles defendem suas propostas não populistas, mas como fazia FHC, com um sorriso de desdenho: "quem não concorda conosco é ignorante e ultrapassado". Foi como me senti nos oito anos de Fernando.

Comemorei muito a vitória de Lula, sonhei com um Brasil transformado e quebrei a cara. Nunca o elegi messias, entretanto. O que sei hoje é: nem PT, PSDB, PFL, PMDB, nem qualquer outro partido mudará a brutal realidade. A razão? Todos assumem que para acabar a pobreza é preciso que o país cresça, para gerar emprego e dividir melhor a renda. O Brasil já foi a 8ª economia do mundo, já teve saltos de crescimento e exportações e cadê a partilha? É a mesma teoria do bolo do regime militar. A economia tornou-se a matéria mais importante da sociedade, um tipo de economia que não leva em consideração o indivíduo, nem as comunidades e nem o bem-estar dos trabalhadores, a não ser como uma jogada de marketing. É teoria da conspiração achar que os presidentes não governam, mas as empresas? Podemos até trocar o nome presidente por CEO. Assim são chamados os grandes empresários.

Willow

Um comentário:

Manelé na Tela disse...

Resumo da ópera:não dá pra confiar em ninguém! Daí a razão do meu voto: NULO!

Meu nome é Dadá!