Quando se juntam ocasião e oportunidade

Quando se juntam ocasião e oportunidade as melhores e piores coisas estão fadadas a acontecer. A alguns a sensação de monotonia só pode trazer de volta o mesmo: nada acontece. As coisas que não passam, o tempo que se arrasta, dura, e nada faz: que pior imagem do que a mesma repetida durante quarenta dias?

Agora queiram se enganar aqueles que vêem no confinamento o fiar do mesmo. Belchior fez grandes obras quando teve catapora, e o caseiro do nosso grande compositor alagoano de trancinhas até compôs uma carreira quando foi pro caixão – ops, ele ainda está vivo, não é mesmo?, falha minha, desculpem-me!

O mínimo que não espero da reclusão de um beatnik é a capitulação de um espírito sombrio ao marasmo sem os devidos estragos a vã rotineira ordem natural dos fatos. Um amigo diria: dessa toca aí sai preá! Não se assustem com o que virá, amigos manelés, no mínimo será a indústria fonográfica a mais afetada.

Não se surpreendam se a partir de amanhã se iniciar uma fase glam pimpona, ou se a barba der lugar a maquiagens e adereços bowieanos: tudo é possível em fase de metamorfoses! Olhem que aconteceu com o Jackson, olhem o que aconteceu com Gregor Samsa, lembrem das três por quatro no quarto de Pimpão!

Pimpão tem antecedentes mas não vou enumerar os despropósitos de sua ficha. Quem sabe um dia narre a saga dos popovicanos até aqui; agora não. Por ora fiquemos com os votos de melhoras e a expectativa para os novos ares de graça dessa figura obscura e cambaleante que pega doença de guri na meia idade!

Minhas melhoras!

Márcio