Eu sei, caro amigo Borestia, que prometi uma resposta em apenas duas partes. Mas você sabe como é, sou um cara vaidoso, e além disso tenho que fazer jus a minha por enquanto pretensão de ser escritor de blog: vou falar agora de algo em que me encaixo no futebol: o senso-comum.
Você bem sabe que o senso-comum tende e deve ficar entre o lugar-comum e as generalidades. Até por isso é comum cair-se no estereótipo e nas polaridades. Podes até encontrar os famosos casos de preconceito ou idéias pré-formadas e repetidas: o senso-comum é afinal bem comum.
Mas há algo que você não pode desconsiderar, mesmo sendo um defensor da elite da opinião sobre futebol: o senso-comum é sintomático. É medida desmedida. E só pra esclarecer melhor o que quero dizer com isso, recorro ao senso-comum de uma frase feita: onde há fumaça, há fogo.
Não tomei Galvão Bueno como parâmetro: tomei a ele, a imprensa esportiva no geral; jogadores e técnico, a torcida, e inclusive você. Esses são os meus parâmetros. Mas o grande problema, no entanto, é que os meus parâmetros não têm outro parâmetro a não ser eles/você mesmo(s).
Estranho, no entanto, é você achar estranho um brasileiro defender um argentino. Por que não podemos defender um argentino? Você não percebe que você pôs aqui uma distinção e quase uma polaridade? Uma distinção que se você se perdoa o exagero podes chamar de discriminação, né?
Mas não vou até aí porque nem sequer quando escrevi o primeiro post quis me referir a Grafite, quanto mais a querer minimizar a história, que por si só já é minimizada. Só fui ao ponto onde você ratifica o “chauvinista”, “egocêntrico” e “xenófobo”: brasileiros não advogam argentinos.
Somos mais do que isso...
Deus é brasileiro
Márcio
sábado, maio 07, 2005
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