sábado, maio 07, 2005

Primeiro falemos de autoridade ao falar

Borestia, meu querido amigo, a minha resposta pra ti vai vir em duas. Primeiro vou contra uma carapuça que se revela e muito me decepciona vindo de um amante do povo, da democracia e da igualdade como você, romântico, idealista, um defensor nato do hoje em dia não sei mais o quê.

Eu confesso que me surpreendo com tamanho corporativismo, se a palavra aqui se aplica, que você demonstra ao excluir as críticas dos não-entendidos. Coitados de nós ignorantes que nem bem abrimos a boca e já temos o nosso discurso invalidado só pelo fato de não sermos iguais a você.

Uma pena porque até gosto de pegar no seu pé e questionar com meu senso-comum seu inquestionável saber elitista. Mas por outro lado talvez seja bom pois ninguém a não ser os ladrões poderão discutir sobre ladroagem, assim como os sábios só podem falar com sábios sobre sabedoria.

Talvez eu que não gosto do povo e não gosto de diferenças deva assumir o seu discurso. A política que fique com os políticos, a justiça que fique com advogados e juízes, a religião e a crença em deus que fique com padres e papas. Cada macaco no seu galho: ainda posso usar corporativismo?

Mas quem sabe você não seja um revolucionário, Borestia, e preveja a exclusão do povo da política, a torcida do futebol, o fã da música, o cinéfilo do cinema: vamos transformar esse mundo em patotinhas e clubes do bolinha e vamos deixar o Renato Machado com seus vinhos!

E queijos...

Márcio

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