Se eu soubesse que com palavras poderia mudar o mundo, até poderia pedir as nossas tão estimadas desculpas. Se um dia eu percebesse que um toque nesse teclado seria suficiente para fazer de vocês melhores, até dispensaria o tom, e não falaria demais, e não seria tão indelicado.
Mas como sei que das coisas mais difíceis para o ser humano é tirar dele suas convicções, tenho me confortado com as minhas próprias. Faço de todos o espelho que serve para a máscara que todos adoram que se vista. E no final todos ficamos muito felizes quando somos todos os mesmos.
Então é um novo personagem que se cria. Não há tempo para anacronismos com essa tradição que lhes dão ares de reacionária. Por isso é a dor que se finge, e também o sorriso que a esconde; é circo de desgraça humana que aprecia mentiras que alimentem seu apetite por pílulas de farinha.
De novo uma nova onda então - a antiga já era chata demais. Um novo vestido a vestir é um novo sorriso que se finge. Eu sou um estanho; mas é tão mais estranho todos serem tão estranhos! E ninguém deve esperar de mim uma declaração de amor sem ponta de rancor ou ódio. Uma pena!
Eu até diria que amo você se eu soubesse que te traria até mim. Até faria quase qualquer coisa se eu sentisse que não seria em vão. Não subestimaria limites, não exigiria demais. E hoje eu não tenho mais nada como ganho, eu achava que você precisava mais de mim. Ledo engano talvez.
Prometo que continuarei sorrindo as amarguras pra vocês. Somos personagens de nós mesmos afinal. Nada mais elegante portanto que desfilar crises de identidade perante vocês. Um dia o parecer vira ser; e será esse o dia que finalmente aparecerá a marca da honestidade no embuste.
Será a cura
Márcio
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
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3 comentários:
Sabe de uma coisa...Vá dá seu cuzinho.
Hebe Camargo.
Se curar... Pra que? Só lamento que, no meu caso, a antiga banda ainda não é chata o bastante...
Borestia
Se acaso me quiseres
sou dessas mulheres
que só dizem sim
Shirley Bianca
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