Meu caro amigo cdr,
Fico a cada dia que passa mais e mais consternado com o rumo da sua propagada vida. Confesso sinceramente que prefiro a sua veia política engajada à verve naturalista que parece ter sido incorporada por ti nesse ritual xamânico de cunho sado-raribô.
Pensei até que você fosse, caro amigo, mais um daqueles engajados capitães de longo curso, sem segundos sentidos, mas infelizmente constata-se que você está mais para um pastor de fim de tarde, muitíssimo desvairado, em floresta de efebos licenciosos.
Esse contato cheio de viço e sem qualquer pejo com tão alvoroçada natureza não me apetece de forma alguma. Nunca fui chegado a rolar no chão, comer terra, nem enfiar areia no rabo. Não faço sexo com árvores, não masturbo galhos, nem permito feiticeiro algum abrir qualquer chacra meu.
Mas se sua carência é de ferro, te digo, existem outros mecanismos pra suprir sua deficiência. Não é necessário comer qualquer ferro que te apareça pela frente – com duplo sentido, se quiser. Pode voltar para o feijão, ele é um bom garoto, ele vai suprir toda sua insaciável necessidade por ferro!
Abraço,
Márcio
terça-feira, fevereiro 01, 2005
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