Depois do vôo, a queda.

Nunca tive um dinheiro tão mau dado quanto o de hoje. Ser roubado por pivete na rua, comprar um disco duplo dos maiores sucessos de Latino, ou comprar um abadá superfaturado do Camaleão; preferia tudo isso junto a ter que dar dinheiro, ou melhor, ser roubado, por um maldito banco!

Eu não escrevo agora, eu soco as drogas dessas teclas, porque pagar setenta reais por não movimentar por dois meses uma conta antiga é foda! E hoje foi bom acordar e abrir o estrato que me chega do correio, estrato de dezembro!, me comunicando o meu saldo devedor - filhas da puta!

Pior é que ainda tem gente que crê na máxima que a justiça tarda mas não falha, e quando falha, ah é, sempre há a crendice na justiça divina, aquela da grande “Providência”, do onisciente e onipotente, ha ha ha... melhor seria a dos crédulos céticos: o do “ajuste de contas” com o capeta!

Mas eu não faço meus pudores de rogados, minha raiva não arrefece meu ímpeto ao sabor de calma divina alguma, já contei até dez umas tantas vezes, mas sempre vou em frente... e toda vez que chego no quinze, eu não deixo estar, não lhes desejo bem: eu quero que todos eles morram!!

Eu quero que esse Brasil de merda vá pro inferno! Que vendam a Amazônia pra seu Bush, que o rio São Francisco seque, que queimem o resto da Mata Atlântica, e que essa merda da corrupção consuma o último dos centavos que ainda nos resta nesse nosso bolso mal furado!

A banana que vou dar pra este país de cretinos já está bem preparada. Quem se ufana que fique na merda, eu já comi muito farelo pra perceber que estamos entre porcos! Misturados nesta maldita lama! Mas quem for sair, que nem se preocupe, nem precisa apagar a luz, aqui é um mangue mesmo!

Abraços,

Márcio

P.S.: Ah, encerrei a conta!! hahahá, filhas da puta!!!