quinta-feira, novembro 23, 2006

Essas estranhezas!

Vou ficar já já notório por falar daquilo que não entendo. Mas especular também é bom. Pois então: vamos lá. Caso Celso Daniel.

Ontem saiu a notícia de que a delegada que investiga o caso arquivou, por falta de provas, o inquérito que investiga o assassinato de Celso Daniel. No relatório ela afirma que, apesar de indícios sobre motivação política, não há provas suficientes que justifiquem o inquérito. O Ministério Público reagiu, criticou a delegada e prossegue as investigações, que não foram concluídas pela delegada.

As especulações:

Como é que a delegada encerra o inquérito faltando, segundo o MP, mais da metade da pauta da investigação?

Como é que a delegada afirma no seu relatório que alguns indiciados “trouxeram indícios aqui e acolá sobre crime político” e encerra o caso sem sequer concluir metade da pauta de investigação?

Como pode a delegada dizer no relatório que os irmãos de Celso Daniel não trouxeram provas do crime político quando é a polícia (e ela) que tem o dever de investigar o caso?

Como é que a delegada, que afirma haver indícios “aqui e acolá”, encerra o inquérito com dez pedidos em aberto de quebra de sigilo e depoimentos?

Já que existem indícios de motivação política "aqui e acolá", o certo não seria portanto prosseguir as investigações, pelo menos até concluir a pauta estabelecida?

Na minha modestíssima opinião há ainda muito a investigar.

E só pra relembrar:



Foram oito as testemunhas assassinadas uma após outra não foi?

É isso.

Márcio

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