segunda-feira, janeiro 16, 2006

Salvo um modesto esquecimento

Agente bebe. Agente fuma. A memória se desenrola como um ioio, em altos e baixos, e nisso, por isso, me faço lembrar ao amigo Márcio que dentre suas vigorosas recordações fatou aquela que me pareceu mais pitoresca.

Um certo frenezi, eu diria. Não sei se por modéstia, deixou-se esquecer de si mesmo, meu caro Márcio. Bem, um certo rapaz de azul, com quem tricotava freneticamente sobre hit's do underground... Lembra? E dançavam, dançavam. E na dança, expressão corporal, linguagem libidinosa, expansão espiritual, derretiam-se em suor e felicidade. Nada contra o azul. Mas o rapaz desfilava lindamente, ao lado do nosso amigo manelé, uma cabaleira devidamente moldada em glíter (ou purpurina, ou sei lá o que), se valendo de cumplicidades a cerca de intimidades do "rock em roll" (?). Uh uh uh, que beleza!

Acho que a predileção grunge pelo glíter do rapaz de azul, certamente muito estimulado pelo álcool, diga-se, desenhou a cena menos esperada do novo 2006. E a mais bizarra.

O que mais me surpreenderia?

cdr, o desmemoriado.

Nenhum comentário: