sexta-feira, outubro 22, 2004

Pílula de farinha, Placebo, B.O.: bom pra otário.

Borestia, querido

No atual momento da minha existência a minha felicidade é tão irmã da minha tristeza que durmo tranqüilamente à sombra da porta da desgraça humana. Para quem, como você, ainda acredita na beleza da vida, nem lamento, apenas desejo sorte. Para mim, que mal acredito em mim mesmo, o mundo já se perdeu há muito. Portanto, não se trata de escolhas a serem feitas, meu caro, as escolhas se impuseram, e sendo assim, nem escolhas foram. Portanto, de novo, não acredito e não aceito seu conselho. E antes, apesar de admirar sua persistência, não te digo "obrigado", digo apenas que no amor, assim como na vida, teimosia, estupidez, e ironia, imperam.

Se não fosse por besteiras, intensas e desregradas, o amor seria reprodução.

Márcio

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