Pode ser apenas raivinha de quem vai votar em Dilma, mas ontem, depois de muito tempo, diga-se, fiquei com a sensação de que a Globo deu um tratamento equivocado a uma questão política. Acho que a matéria do Jornal Nacional sobre a convenção do DEM que escolheu Índio da Costa para vice de Serra não foi fiel ao imbróglio que colocou em lados opostos tucanos e demistas nos últimos dias (sem trocadilho com o Álvaro). Não sei se a emissora já tinha abordado o tema anteriormente, confesso que não vi. Mas a reportagem de Delis Ortiz deixou a desejar, especialmente quando fez o flashback com o desencadeamento dos fatos. A palavra crise sequer foi citada. Rompimento, então, nem pensar. Ao contrário, falou-se muito em acordo, consenso, apoio, aliança. Além disso, ficou a impressão de que a decisão de Osmar Dias de disputar o governo do Paraná foi fundamental para a recusa do nome de seu irmão, o que não é verdade. Creio que quem não acompanhou a história em outros meios foi privado de conhecer a real dimensão da briga que foi, em minha opinião, a maior entre os dois partidos desde que elegeram FHC em 1994.
Amoêdo
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2 comentários:
Olha, uma das coisas que o PSDB tinha de razoável eram as ações de MKT.
Nessa eleição, é uma mancada após a outra. 1 - Lançaram a candidatura Serra num sábado e ainda estreia da Argentina na Copa.
Depois anunciam, desconsiderando o DEM, ou como forma de pressionar, o vice no dia do jogo do BRasil. Conseguiram uma crise com o DEM e com o irmão do anunciado vice.
Então, decidem anunciar o tal do Índio da Costa, sendo que nem Serra conhecia o cara direito.
Foi crise sim, e a Globo, por medo ou para não atrapalhar, fez essa reportagem fraca.
Willow
Eu não vejo nada conspiratório nisso não. Na verdade, sequer lembro direito como foi essa matéria.
O que me parece óbvio, no entanto, é que a Globo prefira Serra a Dilma. Ou melhor, prefira o PSDB ao PT. Afinal, por que haveria de ser o contrário, se o PT tem a Globo como inimiga velada?
Mas, ainda que seja assim, a Globo há muito tempo tem mantido o profissionalismo quando lida com eleições. Uma hora um lado acha que Lula aparece demais, sem contraditório, mesmo quando há mais de um ano faz campanha eleitoral pro Dilma; num outra hora é o lado oposto a se queixar, acusando a emissora de golpismo ou coisas parecidas toda vez que algo negativo lhe atinge.
Enfim, só espero que essa campanha passe logo, pois ela tem sido uma chatice.
Márcio
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