O retrocesso que Michael Jackson promoveu para a música negra foi universalizá-la. Depois dele, a música negra deixou de ser música negra e passou a ser simplesmente música. Criou o Pop definitivamente. Não é pouca coisa. Beatles ou Michael Jackson? Gêneros diferentes. Mas uma coisa é certa: Michael Jackson tinha os Beatles no bolso, e ainda os vendeu como barganha para pagar algumas dívidas! Quer mais?
Não acho um retrocesso... O fenômeno Michael Jackson era tão absurdo que isso foi inevitável, natural. O que pouca gente sabe é que Jackson inspirou até mesmo a criação dos blocos afros de Salvador. Ao popularizar a música black, junto com outros ícones como James Brown, despertou o sentimento de orgulho em negros como Vovô do Ilê e sua trupe, no bairro da Liberdade. Num fenômeno único em todo o mundo, o black soul aqui, e só aqui, culminou no afro. O Ilê Aiyê quase se chama bloco "Black Power". Mudaram isso encima da hora. Muitos que desfilaram do mais belo dos belos naquela Carnaval de 1974 ainda ostentavam o cabelo "casa de cupim". Conto essa história numa matéria publicada nesse sábado sobre a revolução estética que Michael provocou em Salvador na época. Tem até uma foto de Vovô e outros líderes do Ilê vestidos de black.
4 comentários:
O retrocesso que Michael Jackson promoveu para a música negra foi universalizá-la. Depois dele, a música negra deixou de ser música negra e passou a ser simplesmente música. Criou o Pop definitivamente. Não é pouca coisa. Beatles ou Michael Jackson? Gêneros diferentes. Mas uma coisa é certa: Michael Jackson tinha os Beatles no bolso, e ainda os vendeu como barganha para pagar algumas dívidas! Quer mais?
Márcio
Neste sábado, o Correio dá ao ídolo 14 páginas.
Não acho um retrocesso... O fenômeno Michael Jackson era tão absurdo que isso foi inevitável, natural. O que pouca gente sabe é que Jackson inspirou até mesmo a criação dos blocos afros de Salvador. Ao popularizar a música black, junto com outros ícones como James Brown, despertou o sentimento de orgulho em negros como Vovô do Ilê e sua trupe, no bairro da Liberdade. Num fenômeno único em todo o mundo, o black soul aqui, e só aqui, culminou no afro. O Ilê Aiyê quase se chama bloco "Black Power". Mudaram isso encima da hora. Muitos que desfilaram do mais belo dos belos naquela Carnaval de 1974 ainda ostentavam o cabelo "casa de cupim". Conto essa história numa matéria publicada nesse sábado sobre a revolução estética que Michael provocou em Salvador na época. Tem até uma foto de Vovô e outros líderes do Ilê vestidos de black.
Boréstia
O "retrocesso" de que eu falo acima, Boréstia, é uma ironia. Pedro sabe por quê. Ele vai me xingar muito! ehehe.
Márcio
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