Na disputa, o presidente Lyndon Johnson versus o senador republicano Barry Goldwater. O primeiro havia chegado à Casa Branca como vice, mas ascendeu com o assassinato de John Kennedy. Logo depois, colocou os norte-americanos "de com força" na guerra do Vietnã.
Rachel escreveu que, à época, temia-se a votação maciça da população branca em Goldwater, como represália às desordens e violências cometidas por grupos radicais negros durante a batalha dos civil rights, nas ruas das grandes cidades. Johnson, por sua vez, confirmava, na campanha eleitoral, que continuaria a revigorar a política em prol da extensão dos direitos civis da minoria negra.
Obama. Esqueça a rima!
De volta a 2008, mais de 40 anos depois, surge nos EUA o primeiro negro com chances reais de concorrer à Casa Banca. Barack Obama (difícil esquecer a rima) é também filho de muçulmano e de sobrenome Hussein.
Por que Obama? Para o comentarista político Andrew Sullivan, os EUA estão rachados.
“A guerra civil que racha os EUA desde o Vietnã é uma guerra a respeito de 'cultura, religião e raça' e Obama é o único candidato capaz de oferecer uma trégua.”Elaine Kamarck, professora de políticas públicas da John F. Kennedy School of Government, da Universidade de Harvard, afirmou à Folha que a questão da cor não terá muito impacto.
"Há uma mudança nesta geração de americanos, e a questão de raça é menos importante a esses jovens do que às pessoas mais velhas".Eu discordo
Isso não deveria importar, mas, sim, Obama é negro. A vantagem: o impacto da possibilidade de ser o primeiro presidente afro-descendente nos EUA. A desvantagem: não acredito que o país, de fato, tenha superado a histórica e enraizada (vide o Ku-Klux-Klan) discriminação racial. Outro contudo ou porém, é que não será só isso que derrotará o simpático democrata.
Não será dessa vez
Reproduzo o que ouvi no The Daily Show with Jon Stewart: "os americanos estão votando na chance de escolher um democrata negro, mas na hora da eleição, será um conservador republicano branco de 72 anos (McCain) que eles entenderão como a grande mudança que o país precisa".
Um fato que reforça essa opinião é que Barack derrotou Hilary Clinton (que poderia ser a primeira mulher presidente) nos Estados de maioria republicana. E como vocês sabem, a eleição é diferente lá. O candidato que vence em um lugar, leva o Estado todo. Mais ou menos assim. Mais detalhes: clique aqui.
O fator preponderante, mesmo com o fracasso econômico e social da administração Bush e a crise do setor imobiliário, ainda será a segurança nacional. Ainda será o combate ao terrorismo. De forma simplista, e apesar de Lindon Jonsohn, quem gosta mesmo de arma e guerra são os republicanos. Ou seja, nada de democrata bonzinho governando.
Ah! Sabe o que Rachel contou também de curioso: "TAL como entre nós, durante e depois das eleições nos Estados Unidos, há muita reclamação contra fraudes, não sei se verdadeiras ou imaginárias."
O tempo passa e voa, mas nem tudo muda.
Willow
6 comentários:
Foi mal, galera. Eu sei que o texto ficou grande. Não consegui resumi-lo.
Willow
Um negro, uma mulher ou um velho. Isso é só um fetiche. Uma qualificação, não há nada de substancial nisso. É pura imagem.
Acho que Obama tem as maiores chances de vencer, embora pesquisas já apontem McCain empatado com ambos os democratas, e não acho que a questão racial ou de gênero venha a ser determinante para a eleição de lá. Os americanos estão mais preocupados mesmo é com quem vai administrar melhor a segurança interna e externa e a economia.
Márcio
Exato, concordo.
Acho que o principal que determinará a derrota de Obama será mesmo a preocupação com segurança e com as relações exteriores.
E acho que por isso mesmo, que o voto será conservador.
Apesar disso, sempre simpatizei com as idéias Democratas (nos EUA!).
Willow
Eu ao contrário que os democratas têm maior chance essa vez.
Apesar disso, simpatizo mais com as idéias dos Republicanos (dos EUA!).
Márcio
Vc me completa, Marcinho!
Willow
Ui!
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