O cara é, incontestavelmente, o maior ídolo vivo ou morto do esporte mais popular do planeta. Aquele que o melhor praticou. Que mais se fez conhecido por sua arte. De forma tamanha que até eleito atleta do século já foi e apontado entre as três personalidades mais conhecidas no globo.
Eis que o berço deste esporte, diga-se de passagem, a mais popular e importante modalidade do mundo, o país onde ele é ainda mais popular e praticado, e que o ama talvez acima de qualquer outra coisa, organiza o maior evento esportivo de sua história. E a abertura de tal evento acontece num dos maiores templos sagrados deste esporte.
Só que, talvez por desleixo, um lapso, ou por ingratidão mesmo, o tal país esquece de homenagear o maior ídolo vivo do esporte mais popular e importante do mundo, que, por mero acaso, é natural deste país, na tal festa de abertura do grande evento esportivo de sua história.
Puta que pariu!
Chega de rodeios, vou direto ao ponto. Como é que o Brasil organiza o seu Pan-americano e sequer cita Pelé na cerimônia de abertura do evento?! Em pleno Maracanã? Meu Deus!!!
Reflitamos juntos. Meu pai eterno. Estamos no Brasil, o país do futebol, o esporte mais venerado por este povo. Antes de sermos esportistas, somos, acima de tudo, futebolistas. O futebol é o primeiro esporte de todo o brasileiro. Não há escolha. Praticando-o ou não. É a peneira que seleciona para as outras práticas. É o mais mostrado, o mais acompanhado, o mais praticado. Se o cara não for bom pra bola, aí é que vai fazer outra coisa. Mas é na bola, pelo menos aqui, que ele assimila os valores do esporte: superação, determinação, competição, solidariedade, disciplina, emoção, dedicação, respeito ao próximo, garra. Antes de ser uma metáfora esportiva em geral, o futebol é, para nós, brasileiros, metáfora da vida.
Mesmo os grandes esportistas de outras modalidades não conseguem se desvincular do futebol por aqui. Todos têm um time do coração, e alardeiam isso. Brasileiro que não torce pra um time não é gente. Todos se emocionam e torcem pelo Brasil na Copa. Uns até abandonam o esporte que os consagrou para se dedicarem à paixão futebolística: é o caso do campeão mundial de vôlei Bebeto de Freitas, ex-técnico da Seleção Brasileira daquela modalidade, e que hoje é presidente do Botafogo, líder e virtual campeão brasileiro de futebol.
Dito isto, que nem era necessário para reforçar o valor do futebol em terras tupiniquins, e basta respirar ou viver 2 minutos nessa porra de país pra perceber, é que vem meu desabafo.
Como é que o Brasil me faz uma desgraça de um Pan-americano e o maior ídolo do nosso esporte em todos os tempos sequer aparece na cerimônia de abertura?
Eu já falei sobre isso aqui, o nosso descaso com os ídolos, mas a abertura do PAN foi a apoteose da ingratidão, da falta de reconhecimento e do desrespeito com Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé.
Não poderia ser pior. Uma festa no Maracanã, estádio que o rei honrou como ninguém, onde foi campeão do Mundo com o Santos, onde fez gols e jogadas geniais, onde marcou o mais importante dos seus mais de mil gols, justamente o milésimo. Estádio que é símbolo do nosso esporte, do nosso povo, um cartão-postal, e que só tem razão de existir por conta de gênios como o Rei. Não, Pelé não merecia esse descaso, principalmente ali.
Que me desculpem Robson Caetano, Hortência, Paula, Oscar, Gustavo Borges, Natália Falavinha, Daiane dos Santos, Aurélio Miguel, Tande, Joaquim Cruz e tanto outros, que, perante Pelé, não passam de meros mortais, mas, na moral, eu não troco todas as medalhas de vocês por uma Copa do Mundo das três que o Rei trouxe. Para nós brasileiros, significaram muito mais. Uma delas apenas. O futebol é mais que um esporte para nós, é um elemento de nossa cultura, de nossa identidade, quase um patrimônio nacional, que paira soberano e absoluto quase que acima de todas as coisas, quem dirá das outra modalidades esportivas.
Um rebanho de filho-da-puta que nunca moveu uma palha pelo esporte brasileiro, que, aposto, que sequer sabe desgraça nenhuma sobre regra esportiva, que jamais nos causaram emoção, admiração, veneração ou respeito, estava lá. Vá tomar no cu Daniela Mercury, vá se fuder Cordel do Fogo Encantado, vai encantar na casa do Satanás, morra Adriana Calcanhoto, que desgraça você tava fazendo ali Chico César, jogou aonde porra?! O que esses filhos da puta têm a ver com o esporte? De Arnaldo Antunes é melhor nem falar...
As desgraças dos organizadores não esqueceram de chamar esses medíocres que não dizem nada ao esporte, para um bando de apresentações pífias e dubladas, mas o Rei, o homem que ajudou a popularizar o esporte no mundo, que sempre serviu de exemplo, que tanta alegria nos trouxe, que tanto orgulho nos trás, um dos filhos mais talentosos e geniais desta terra, onde foi parar?!
Pior que o descaso dos organizadores com Pelé, é o fato deste desdém ser completamente ignorado pela imprensa, que sequer questionou a ausência dele. A exceção foi Galvão Bueno, justiça seja feita e me perdoe quem não gosta dele, pois, na transmissão, o narrador chegou a levantar a hipótese que Pelé seria o grande homenageado ao acender a pira olímpica. Ledo engano. Seria demais esperar isso. Afinal, o PAN é do Brasil, feito por brasileiros e está no nosso hino: “ingratos pela própria natureza...”
Somos mesquinhos e injustos demais para reconhecer os feitos daqueles que merecem. Quem sabe quando ele morrer? Tá vivo, pra que homenagem? Tá com o cu cheio de dinheiro, deixa pra lá. E outra, queremos é divulgar os outros esportes, o futebol que se foda! Pra que esse estranho no ninho aqui pra atrapalhar? Vamos privilegiar a patota “amadora”. É assim que pensam os calhordas.
O esporte não vai deslanchar no Brasil se esquecermos o principal deles. Até porque isto é impossível. Tampouco o enfraquecimento do futebol vai impulsionar o desenvolvimento dos outros. Pelo contrário, o que somos no futebol tem que ser exemplo para os outros.
Pelé tinha que acender a pira olímpica, meu Deus. Seria assim em qualquer lugar do mundo. É o mínimo que poderia ser exigido. Joaquim Cruz ganhou uma Olimpíada... Pelé trouxe três Copas do Mundo. Veja bem, o Brasil não ganhou uma Olimpíada por causa de Joaquim Cruz... trouxe uma medalha de ouro apenas... já com Pelé... o Brasil ganhou a Copa do Mundo três vezes e graças a ele..
Foram quase 20 anos de carreira, mais de 1.200 gols, inúmeros feitos, inúmeros títulos, recordes... me perdoem Joaquim Cruz e cia, mas nenhum de vocês ali é, foi ou será maior e mais representativo para o Brasil do que Edson Arantes do Nascimento. E olhem que eu nem vi Pelé jogar...
Rapaz, ao final da abertura do PAN, eu me senti tão angustiado, decepcionado, e envergonhado que, para mim, ela acabou servindo só pra isso: sentir vergonha da nossa ingratidão. Nem as justas vaias à Lula salvaram meu dia.
Extremamente indignado,
Edson Arantes do Nascimento, o Rei Dadá
PS: Se o PAN fosse na Argentina, Maradona não só acenderia a pira olímpica, como seria o porta-bandeira da delegação, faria discurso na abertura, e, talvez, os jogos se chamariam Jogos “Pan-amaradonicos”.
PS2: Nuzman, morra, seu filho-da-puta!
PS3: Véspera de final de Copa América, Brasil x Argentina. PAN é aberto no Brasil. Argentinos entram no estádio e são aplaudidos. Rapaz, se fosse lá iam enfiar até rojão no nosso rabo, se é que nos deixariam desfilar. Mas aqui os filhos-da-puta dos torcedores batem palma pros hermanos... eu queria ter nascido nas Bahamas.. .me tirem daqui, pelo amor de Deus... !!!
PS4: Alguém sabe onde falsifica identidade? Quero mudar de naturalidade...
PS5: Desculpem os erros no texto, tô puto, com sono e sem saco pra revisar..
sábado, julho 14, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
11 comentários:
Foi Maradona quem acendeu a pira no Pan da Argentina?
Márcio
Em 1951, ele ainda não tinha nascido...
Edson Dadá
Mas já estava bem vivo no Pan de Mar del Plata, em 1995.
Márcio
É, você tem razão, lembrei depois, mas não sei qual a participação dele no Pan de Mar Del Plata, o que também não justifica nosso descaso com Pelé...
Edson Arantes do Nascimento, o Rei Dadá, maior atleta de todos os tempos
Eu acho que a gente já glorificou demais Pelé e a Argentina é muito servil a Maradona. Acho importante valorizar outros nomes. Se fosse na Copa, vá lá, mas a gente não pode viver só de Pelé, ele não precisa mais da gente.
Márcio
Já glorificamos demais Pelé, como, onde, quando?!
As maiores homenagens que ele recebeu não foram no país em que nasceu.
Pelé nos glorificou muito mais do que nós a ele, sem sombra de dúvidas.
O que você chama de servilidade eu chamo de reconhecimengto do povo argentino com Maradona. Invejo eles por isso e tenho certeza que Pelé também.
Não disse para não dar espaço aos outros nomes, mas acho injustificável e deplorável Pelé não estar sequer presente, nem na tribuna de honra e ninguém sequer questionar isso...
Você é a prova viva da minha tese, brasileiro puro-sangue, logo, ingrato pela própria natureza...
Seu ídolo no esporte deve ser Nuzman.. e o time do coração, o Cordel do Fogo encantado...
Viva a Chico César, recordista mundial na modalidade corte de cabelo mais rídiculo!
Faça-me uma garapa!
Edson Dadá
Maradona pode ter ficado de fora do PAN 95 por causa da inveja e pequenez dos dirigentes esportivos e políticos argentinos, que nunca se deram com ele. O problema é que aqui no Brasil a coisa é geral. Pelé nunca precisou da gente, nós é que sempre precisamos dele, e ele nunca decepcionou. Se é pra valorizar novos nomes, eu escolho um de nossos dopados. Já viu como tem isso aqui no Brasil? Ô povo inocente...
Amoêdo
É, a única coisa que os argentinos conseguem com sua servilidade por Maradona e se ofuscarem na imagem que eles próprios alimentam nele. Maradona na arquibancada parece um rei avaliando os súditos, e os jogadores, um bando de bobos da corte tentando agradar ao gordo de charuto.
O que a Argentina precisa é de um Romário que diga que Deus deu talento nos pés de Maradona para que ele não precisasse usar a boca. Mas não. Lá jogador não pode ser craque sem antes ser um provável "Maradona". É surgir alguém que faça alguns golzinhos e lá vai o "futuro 'Maradona'". Ortega, Aimar... Nem Messi escapa, ele é chamado de "Maradonita".
Pois eu prefiro o Brasil. Só vi essa expectativa de um novo Pelé com Robinho, pela semelhança física, por ter se iniciado no Santos e por ter sido abençoado desde moleque pelo próprio Pelé. Só que isso durou pouco. Um campeonato e Robinho é Robinho, para o bem e para o mal.
Mas a culpa é de quem? A culpa é de todos os argentinos que ficam nessa servidão. Meu conselho: esqueçam Maradona. Passou, já foi, já era. Já teve homenagem demais. Pelé é sim extremamente glorificado. E também foi devidamente criticado. Ídolo não é um ser fora de dúvidas.
Prefiro um país que tenha um Pelé e um Romário do que ter um generalzinho (Maradona) e um bando de entretedores que lhe baixam a cabeça.
E bato meu pé. Não era pra Pelé acender a pira porra nenhuma. Se ele não foi pra lá, problema dele, tinha ingresso à venda!!
Márcio
Todo brasileiro craque é o futuro Pelé, como todo 10 do Flamengo é o futuro Zico. Outra coisa, nós é que temos que esquecer Maradona...Temos que esquecer que ele gosta de Chavez, Morales, Fidel e, muito provavelmente, Lula. Ele é Deus, gênio e ponto final.
Amoêdo, que também prefere o Brasil.
Como esquecer um Deus? Como esquecer um gênio? Com um ponto final?
Não. Nem todo craque é o futuro Pelé. Ronaldo não foi. Alexandre Pato não é. Ronaldinho Gaucho foi comparado pra ver se ele era melhor.
Márcio
Ronaldo foi. Teve até gráfico. Mas entendo que falte memória. Alexandre quem?
Amoêdo
Postar um comentário