segunda-feira, abril 23, 2007

Sobre a cobertura do Ba x Vi e o lançamento da campanha de Deduca para editor de esportes do Correio

A torcida do Vitória cabe numa Kombi. Os que acreditam nessa lenda devem ter adorado a edição de segunda-feira do Correio da Bahia (Longe de aceitarem a sugestão de Zé). Uma nova análise, ainda que não totalmente isenta de paixões (continuo no afã do jogo), mostra a tentativa do Correio de minimizar a vitória rubro-negra, e pior do que isso, tentar diminuir a grandiosidade de um clássico histórico, com quantidade de gols jamais vista. Senão vejamos... A capa do jornal é ridícula. Apoiada por um título extremamente frio - “Índio garante triunfo do Vitória no Ba x Vi” - a primeira página, de forma absurda, traz também foto enorme da torcida do Bahia, apenas. A legenda? “A torcida tricolor coloriu a Fonte Nova para prestigiar o clássico”. Nenhuma mentira, mas a “muquequinha” rubro-negra, tão vibrante quanto vencedora, merecia destaque, ainda que se admitisse sua inferioridade no estádio. A imagem do atacante Índio, autor de quatro flechadas na partida, quase não aparece. Foi diagramada na dobra do jornal, ao lado de outra foto, essa do próprio jogo, com legenda gelada: “No primeiro Ba x Vi do quadrangular decisivo, o Vitória ganhou por 6 x 5”. Ó, não me diga!!! Na capa do caderno de esportes, nova sacanagem. Outra foto da torcida do Bahia, com o cacique rubro-negro em mais uma imagem diminuta. A torcida do Vitorinha só aparece em preto e branco, na página 4 do caderno. Tudo muito estranho pra quem adjetiva como “espetacular” empates mixurucas do Ex-quadrão de aço. A matéria principal, de Eduardo Rocha, é uma aula de isenção jornalística, com números e avaliações sobre esquemas táticos. Acho até que merecia uma pitada de passionalidade, mas seria pedir muito pra um carioca, flamenguista e chato. Rápida comparação com os outros jornais mostra que editor de Deduca vai na contramão das outras coberturas. “Um Ba x Vi para entrar na história”, “Todo Ba x Vi é dia de Índio”, “Show de gols para 60 mil”, escreveu a Tribuna da Bahia em algumas de suas chamadas, incrementadas com textos bem escritos de Paulo Roberto Sampaio e Rafael Carneiro, esse último um ferrenho torcedor do Bahia que desligou o celular depois do jogo, mas não deixou de descrever com detalhes a festa das duas torcidas e a comemoração rubro-negra. Exatamente como fez A Tarde, com os títulos “Ba x Vi da fartura” e “`A Fonte Nova é nossa´”, referência a grito entoado pela meia-dúzia de rubro-negros que se fez ouvir do lado esquerdo das cabines de imprensa, ante o sossego sombrio que lançou-se sobre o restante do estádio.

Com Deduca para editor de esportes do Correio

Boréstia

16 comentários:

Manelé na Tela disse...

“Todo Ba x Vi é dia de Índio”.

“Show de gols para 60 mil”.

“Ba x Vi da fartura”.

“’A Fonte Nova é nossa´”.

Quatro títulos que nunca daria sequer para um box. Feios, previsíveis ou rídiculos, tanto faz.

O Correio devia abrir uma foto em preto e branco, isso sim.

Márcio

Manelé na Tela disse...

A tocida do Vitória não cabe em uma Kombi, mas, em um ônibus dá. Sem muito aperto.

Essa não foi a primeira vez que um Bavi teve 11 gols. O Bahia já venceu por 10x1. Mas, que foi emocionante foi. Com certeza.

E gostar de um título como "a Fonte Nova" é nossa é demais pra mim. Acho que Alexandre está reclamando mais como rubro-negro que como jornalista. Parece até o menino que pegava carona com caminhão da Brasil Gás pra ver o Vitória. heheheh

Rafson

Manelé na Tela disse...

Ah!
Mas, os textos de Eduardo são bons mesmo. também apoio ele pra editor de esportes do Correio. Todavia, preferia que ele fosse editor do A Tarde, com todo respeito aos trabalhadores do Correio.

Rafson

Manelé na Tela disse...

Primeiro: Não disse que gostei dos títulos. Apenas são mais fiéis à realidade...

Segundo: Prefiro títulos feios, previsíveis ou ridículos ao absurdo que o editor de esportes do Correio fez. E disso ninguém falou mal aqui...

Terceiro: A informação do número de gols realmente não procede... Mas faz tanto tempo (1936)...

Quarto: Rafson, vc que não mudou em nada da época do Isba, do tempo em que sua chatice só incomodava o maluco do Chico, lembra? kkkk

Quinto: Pq como editor do A Tarde?

Boréstia

Manelé na Tela disse...

ah, tb avisei que ainda estava no afã da partida...hehehe

Boréstia

Manelé na Tela disse...

Humm... pra mim afã é coisa de viado!

Deve ser por essas e outras que Rafson prefere o A Tarde.

hehehe

Márcio

Manelé na Tela disse...

Correção, rs... Não é que os títulos da Tribuna e A Tarde sejam mais fiéis á realidade... Apenas fiz uma comparação para mostrar que a cobertura do Correio foi na contra-mão deles. Títulos frios e opções fotográficas absurdas, dois dias depois daquele adjetivo imbecil... Apesar de todas as edições terem sido ruins, com exceção de algumas matérias, a do Correio é a única tendenciosa... Só isso...

Boréstia

Manelé na Tela disse...

É que eu dificilmente compraria o Correio...

Manelé na Tela disse...

Nem no afã vc compraria?

Márcio

Manelé na Tela disse...

ah tá... Mas deveria... Apesar do editor de esportes e de tudo que a gente já sabe...

Boréstia

Manelé na Tela disse...

Márcio,

afã é coisa de viado!

hehehehe

Rafson

Manelé na Tela disse...

No afã, as palavras saem do âmago, dirá Boréstia! ehehe

Márcio

Manelé na Tela disse...

Não me roguem essa praga de ser editor de esportes do Correio. Tô fora!!! Ser chefe em jornal ruim não está nos meus planos. Ser repórter, ainda vá lá...faço o meu e deixo a bomba de atuarar as picuinhas e mesquinharias pros outros.

Muito menos do A Tarde, Rafson. Teria que começar mudando a forma como eles fazem esporte. Teria que ensiná-los a não tomar furo. Teria que mudar as pautas tendenciosas. Trabalho quase tão árduo quanto o do Correio...

Acho que vou esquecer o jornalismo. Quando tem concurso pro Banco do Brasil???

Deduca@expedientebancário-10hàs16h.com.br

Manelé na Tela disse...

O Bavi com mais gols aconteceu em 1938.

Segue a ficha:

Bahia 10 x 2 Vitória
Data: 20/11/1938
Local: Campo da Graça
Árbitro: Anísio Teixeira

Gols: Marzol (3), Vareta (3), Pedro Amorim (3) e Jorge, para o Bahia; e Manoelito (2), para o Vitória.

Bahia: Maia (Menezes); Bahiano e Tarzan (Serra); Mário Ramos, Munt e Gia; Pedro Amorim (Antenor); Marzol, Vareta (Tintas), Kuko e Jorge.

Vitória: Henriquinho; Aloísio I e Olival (Umbelino); Bengalinha, Mozart e Aloísio II; Mesquita, Manoelito, Sirim Mila e Zezé Catharino.

Manelé na Tela disse...

Maiores informações em www.bavi.com.br, o site que eu fiz e Eduardo escaneou algumas fotos, pra não dizer que não fez nada, sobre o clássico e que, em breve, se tudo der certo, estreará, atualizado, como portal de notícias sobre os, ainda, maiores clubes de futebol do nosso estado...

Dadá

Manelé na Tela disse...

Concurso do Banco do Brasil??? Caia fora, aquilo não é lugar pra quem quer um pouco mais de tranquilidade.

Procure outro concurso Dudu, na moral!

Willow