Lembranças daquilo que eu lembro

Que o tempo passa não chega a ser uma constatação original. Mas, passar com tantos estragos é um tanto incomum! Os manelés não são mais os mesmos, vejam só. Nem mais beber as próprias cervejas conseguimos – já se foi o tempo em que conspirávamos pra beber as dos outros!

Ontem foi isso: mudamos. Pimpão agora boresta nas festas, Dadá não tem aparecido, Nanda tá com alergia à álcool, Cara de Rato vai embora cedo, eu vou fazer direito... como diriam os americanos: come on! nem manelés os manelés fazem mais!

Mas fora isso, a festa foi boa. Deu até mulher! Pena que ninguém pegou ninguém; mas vamos lá, isso também é só detalhe, pelo menos conseguimos manter nossa tradição nada sequiosa! Além disso, até onde lembro – será que eu agredi alguém? – eu me satisfaço: até comi um mac!

Então, a gente não pode dizer que não se diverte. Estão lá os arrotos de Aline, a cara de Broa, Boréstia fazendo cu doce contando quantas vezes as mulheres tinham mandado ele se fuder naquele dia, Clara me chamando pro banheiro – pra segurar a porta -, as coisas de sempre.

No mais, das cenas que lembro – Maíra me deu um murro no queixo, pó, vou lembrar de tudo?? -, duas me são exemplares da insânia. A primeira foi quando começou a tocar um pagode. Pô, de repente, quando eu olho pro lado, tem um monte de mulher dançando! E requebrando: ba-la!

A segunda – e essa merece um parágrafo para ela mesma - foi ter visto Pimpão tentando jogar malabares!! Rosas!! Hahaha! E foi ele quem pediu, hein?! Depois dessa só indo pular no carnaval, nos mascarados. Não tô dizendo que esse mundo tá ficando estranho??

Até a feijoada!

Márcio