terça-feira, agosto 02, 2005

Que se cuidem

02/08/2005 - 11h47
PF fecha cerco contra cineastas
Carlos Ricardo
da Folha, em Salvador

A cinematografia baiana sofre nos últimos dias de um suspense que há muito ela própria não consegue produzir. Tudo isso fruto de vazamento de informações da Polícia Federal que dão conta de uma operação contra cineastas envolvidos em crimes de exploração sexual.

A notícia, que a princípio foi dada por fonte não identificada, e hoje não desmentida pela própria polícia, afirma que a PF descobriu uma rede internacional de crimes sexuais que envolvem cineastas brasileiros e europeus e que age em alguns estados, principalmente na Bahia.

Segundo informações da própria polícia, a rede usa a cinematografia como fachada para propaganda de turismo sexual no estado. A rede produz vídeos e curtas metragens onde cenas de sexo, encenadas como ficção, se disfarçam com um conteúdo propagandístico explícito.

O esquema, segundo a assessoria de imprensa da polícia, é principalmente formado por alemães que usam brasileiros como ponte. “Eles procuravam garotas de programa pra fazer pontas (sic) em alguns vídeos, mas nunca dizem a elas quais as reais cenas em que atuarão”.

Os vídeos em sua maioria mostram cenas de sexo explícito GLS com doses fortes de masoquismo, presença de animais e outros sadismos orgiáticos. O curioso é que os próprios membros da produção participam das filmagens, fato que facilitou a identificação dos autores dos vídeos.

“Eles próprios se denunciam pedindo que os atores gritem seus nomes, sempre referências a animais, ‘cavalinho salteador’, ‘cara de rato’, ‘galo cantante’, assim ficou fácil identificar”, diz a PF. “Eles não tiveram nenhum pudor ou inteligência com o que fizeram”.

Procuradas pela redação, garotas de programa contam que foram enganadas e maltratadas. “Eles nos prometiam bom cachê, mas no final nos pagavam cinco conto (sic) pra fazer as sujeiras deles”, diz G.S., e completa, “eles eram rudes e se achavam grossos, coitados!”.

Diante de tais notícias, poucos cineastas quiseram responder à reportagem. Um deles, porém, manifestou sua indignação: “Não será uma tatuagem de São Jorge na cocha de um michê do Porto da Barra que irá arruinar a nossa reputação. Ele diz gostar de claquete, mas a polícia lhe irá apresentar o tripé”.

Um comentário:

Manelé na Tela disse...

Nossa, que escândalo! Eu sabia que tinha algo de errado com esses meninos... "cavalinho saltitante", "cara de rato"... cruzes!!