A Folha publicou ontem um texto interessante sobre temas que estão sendo muito debatidos nessas eleições (vou colar o link no primeiro comentário, pq não consegui fazê-lo aqui. alguém sabe pq tá acontecendo isso?). O que mais me impressionou nele foi como os "dois lados" se esquecem tão facilmente de algumas coisas.
Amoêdo, contra a histeria.
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3 comentários:
Aqui o link.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/805790-folha-fez-cobertura-jornalistica-critica-de-sarney-collor-itamar-fhc-e-lula.shtml
Ainda ontem conversava com Alexandre sobre um dos efeitos da patrulha que se exerce contra as críticas que se faz ao governo. Um desses efeitos se manifesta nessa matéria: para mostrar que não faz oposição ao governo (que não é tucana), a Folha tem que se explicar, mostrando que agia do mesmo modo no governo anterior.
No fim, parece que se cria uma reserva no jornalismo em que, para se fazer uma crítica ao governo, deve-se fazer também uma crítica à oposição. E aí surgem analistas no Observatório da Imprensa que medem o partidarismo de determinado veículo mediante a contagem do número de matérias a favor ou contra o governo.
No fundo, no fundo, não se quer expurgar os corruptos ou rejeitar as acusações de corrupção; antes querem mostrar que o outro é sujo também. Não é a toa que surgiu a desculpa oficial de que aquilo é coisa que "todo mundo faz".
Com essa matéria, vejo uma Folha acuada, cedendo a pressão, defendendo-se da acusação: "não sou golpista, meninos!".
Quem sabe amanhã, para provar sua imparcialidade, a Folha não saca uma manchete contra a oposição: "tá vendo aí, não temos lado".
Pra mim a Folha cedeu.
Márcio
Também acho negativo o fato da Folha ter cedido. Aliás, pra dizer a verdade, em nome da "imparcialidade" e da "pluralidade", a Folha cede quase que diariamente. Reportagens que se contradizem na mesma edição são comuns. Só não vejo nisso um "sinal dos nossos tempos".
Como também não vejo, e o próprio texto é revelador nesse sentido, a corrupção e as tentativas de censura como novidades. Nao é que todo mundo faça, mas o governo FHC, do qual Serra participou ativamente, fez. E como fez.
Amoêdo
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