Eu ainda tento entender este anúncio de classificados usado como manchete do Correio* hoje. Será que o fato dos taxistas preferirem o Meriva justifica este título?
Talvez o jornalismo tenha mudado e eu não acompanhei. É bem possível.
O objetivo é venderjornal. É um novo "filão jornalístico". São mais ou menos 60 mil taxistas na Bahia. A tiragem diária do Jornal A Tarde é de 15 mil exemplares. Se um quarto dos taxistas comprou o jornal, o Correio já bateu o concorrente. Tb acho bizarra uma manchete dessas. Mas ultimamente eles estão adorando chamadas sobre financiamento de imóveis, crédito para compra de carro, aquisição de eletrodomésticos... Quitação de dívida, por exemplo, é frequente. Fiz uma matéria sobre dívidas na semana em que o CORREIO bateu pela primeira vez o A Tarde em toda a sua história. Claro que houve naquela semana capas excelentes e reportagens muito boas. Mas a manchete da dívida também vendeu bastante. Pq? Há 680 mil baianos com o nome no SPC.
Claro que há limite para tudo, mas acho que é bom vender jornal. Isso, evidente, não deve ser a preocupação do jornalista; mas ele deve se preocupar também com aquilo que o leitor quer ler. Por isso acho até que o jornalismo trata muito pouco de temas como esses que você falou, Boréstia, e acho legal que o Correio busque esse filão agora (apesar de não me interessar tanto por esses temas). Isso não significa dar manchetes como essa, mas, só como exemplo, já pensou no quanto de pauta que vocês poderiam tirar só de defesa do consumidor? O que tem gente querendo saber sobre seus direitos não é pouca, sem falar dos concurseiros. Financiamentos, créditos para compra de carro, aquisição de imóveis... abra sua mente, Boréstia, seu leitor quer saber disso também!
Boréstia, já imaginava que o objetivo era esse mesmo.A minha dúvida é se isso poderia ser feito sem a vinculação com o automóvel Meriva.
Concordo que o Jornalismo de Serviço e para o Consumidor poderia ser melhor explorado no Brasil. Apertar o cerco contra maus prestadores de serviços é importante, mas um problema pra área comercial do Jornal.
Vender jornal é legal. Mas fazer jornalismo só pra vender jornal é foda!
Agora, o que é preciso entender é que aquela porra ali é uma ousadia da porra. Todo dia os caras se desdobram pra inventar uma maluquice que dê capa e venda.
E temos que convir que, quanto mais inventivo, mais próximo do erro. Por isso algumas aberrações.
5 comentários:
inexplicável mesmo...
Dadá
O objetivo é venderjornal. É um novo "filão jornalístico". São mais ou menos 60 mil taxistas na Bahia. A tiragem diária do Jornal A Tarde é de 15 mil exemplares. Se um quarto dos taxistas comprou o jornal, o Correio já bateu o concorrente. Tb acho bizarra uma manchete dessas. Mas ultimamente eles estão adorando chamadas sobre financiamento de imóveis, crédito para compra de carro, aquisição de eletrodomésticos... Quitação de dívida, por exemplo, é frequente. Fiz uma matéria sobre dívidas na semana em que o CORREIO bateu pela primeira vez o A Tarde em toda a sua história. Claro que houve naquela semana capas excelentes e reportagens muito boas. Mas a manchete da dívida também vendeu bastante. Pq? Há 680 mil baianos com o nome no SPC.
Boréstia
Claro que há limite para tudo, mas acho que é bom vender jornal. Isso, evidente, não deve ser a preocupação do jornalista; mas ele deve se preocupar também com aquilo que o leitor quer ler. Por isso acho até que o jornalismo trata muito pouco de temas como esses que você falou, Boréstia, e acho legal que o Correio busque esse filão agora (apesar de não me interessar tanto por esses temas). Isso não significa dar manchetes como essa, mas, só como exemplo, já pensou no quanto de pauta que vocês poderiam tirar só de defesa do consumidor? O que tem gente querendo saber sobre seus direitos não é pouca, sem falar dos concurseiros. Financiamentos, créditos para compra de carro, aquisição de imóveis... abra sua mente, Boréstia, seu leitor quer saber disso também!
Márcio
Boréstia, já imaginava que o objetivo era esse mesmo.A minha dúvida é se isso poderia ser feito sem a vinculação com o automóvel Meriva.
Concordo que o Jornalismo de Serviço e para o Consumidor poderia ser melhor explorado no Brasil. Apertar o cerco contra maus prestadores de serviços é importante, mas um problema pra área comercial do Jornal.
Willow
Vender jornal é legal. Mas fazer jornalismo só pra vender jornal é foda!
Agora, o que é preciso entender é que aquela porra ali é uma ousadia da porra. Todo dia os caras se desdobram pra inventar uma maluquice que dê capa e venda.
E temos que convir que, quanto mais inventivo, mais próximo do erro. Por isso algumas aberrações.
O que definitivamente não justifica o Meriva
Deduca@skol
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