Depois de dias tentando arduamente relembrar o clássico, para poder compartilhar de minha genialidade musical com os amigos, eis que, agora de manhã, num lapso quase divino, a letra apareceu nítida na mente, sem a falta de nenhum detalhe, quando fui pegar o carregador de celular no carro.
Reparem que, mesmo sem saber mais o que é, eu sou fã incondicional de seno e cosseno. São referências constantes em minha obra cantante. Que porra é essa mesmo?
Bom, vamos ao hit, uma “adaptação” de outro clássico, menos famoso, “Vou chorar”, imortalizado nas vozes do inesquecível Leandro e seu irmão, Leonardo, meus ídolos.
Vale lembrar que, na apresentação, sim, eu senti na pele a emoção de ser Leonardo por um dia. Com direito a chapéu de peão, camisa xadrez, bota, fivela e afinamento da voz pra alongar certas palavras. Confesso que ser Belldadá Marques foi mais divertido. O que a gente não faz por um ponto-extra na média, que, diga-se de passagem, eu não consegui.
Mas, resta um consolo, ao menos eu não sou um gordo flácido que vive se tremendo, né Willow?! Hahaha...
A “música” expressa a revolta de toda uma geração com os excessos cometidos pela Matemática, quase uma Ditadura Militar, que nos submeteu a verdadeiras torturas, inúteis e penosas, a não ser que você tenha se tornado um astronauta. Torturas que deixaram marcas eternas na vida de nós, pobre mortais, que tivemos o desprazer de dar de cara com ela, a Matemática, na adolescência.
Torturas como a trigonometria, que a gente se fode pra aprender, domina, em dois anos esquece tudo e não sabe mais pra que serve. É música de protesto! Um protesto light e romântico, delicado e sutil, que reflete a personalidade do autor.
Bom, chega de papo e vamos ao que interessa. Com vocês, a veia sertaneja do meu talento!
As luzes do abajur quebrado
Raiz de cosseno ao quadrado
Meu Deus, por favor, ajuda a gente
Cosseno igual a tangeeeeeente (nessa hora tinha que afinar a voz. Quem disse que viver é fácil?)
Olhando as contas erradas
Eu tento, mas não penso em nada
É tanta fórmula, tanta coisa
Só vou usar, na NASAAAA (quem nunca se questionou sobre a validade de certas fórmulas matemáticas, úteis a apenas uma profissão, a de astronauta. Entenderam a relação? Astronauta, NASA... Eu sou um gênio! Quase um Pablo... )
Eu já não agüento mais
Tantas contas e tantos sinais
Se somar é menos
Se diminui, é mais (menos com menos dá mais, lembra? Como?!!! Sádesgraça!)
Tirei ZERO outra vez
Recuperação já sou freguês
E agora o que resta fazer
Se sempre me dou maaaaaalll?
(Agora, todo mundo, no refrão!)
Vou errar...
Desculpe, mas eu vou errar
Na hora em que for pra somar
Cosseno com seno de A
Não vou saber...
Desculpe, mas não vou saber
Na hora em que for pra somar
Cosseno com seno de B
Eu tô maluco (aí tem o coro de fundo, com o “ah, eu tô maluco!”. Lembram desse grito? O filho do “uh, tererê”, pai do “haja coração!”)
Desculpe mas eu tô maluco
Olhe, seu Negão (apelido do saudoso Ed, meu professor de matemática, que já foi dessa pra uma melhor)
Isso é um absurdo
Queria apenas ressaltar que o refrão não é auto-biográfico, uma vez que eu era um CDF da porra, com direito à cabeça desproporcional, óculos fundo-de-garrafa e a, claro, não pegar ninguém.
Prometo uma performance ao vivo deste grande sucesso para os amigos, se Wilinho fizer as vezes de Leandro e tocar violão.
Haja coração sertanejo!
Dadãozinho & Dadaró
PS: Perdoem, lembrem que eu tinha só 15 anos...
5 comentários:
A música é fácil, dá pra tirar no violão, hehehe. Imitar Leandro tb não é muito difícil, quer dizer, alguém lembra da voz dele?
Willow
Puta merda! Por causa de vocês, essa música de Leandro e Leonardo e essa de Ivete (se a música é dela - é ela quem canta, não? - por que Dadá se vestiu de Bel?) essas músicas não saem da minha cabeça!! Porra!!
Márcio
Ivete quem canta. Dadá ficou com vergonha de se vestir de mulher!!!
Willow
É que eu não tinha tanta bunda na época, nem tanto peito, por isso, ficou mais fácil me caracterizar de Bell.
Mas hoje, eu já posso!
Sou uma quase.. mulher!
Ui!
Dadá Sangalo
Nada que umas almofadas não ajudassem...
Willow
Postar um comentário