A economia não anda fácil

Eu estou muito triste com a lamentável situação econômica que o país vive. Podem até dizer que dólar e inflação caem seguidamente, que índices de desenvolvimento e de exportação sobem, e que a desconfiança dos organismos internacionais cessa a cada dia: quem é que acredita nessa história?

Parece que a gente vive numa galáxia distinta da dos números. Se for por índice, estamos bem, se for pelo bolso, nem tanto. O que é isso afinal? Pode até o tal do Palocci chamar isso de Brasil, e eu posso até acreditar, mas meu brasil é diferente, tenho que dizer, e ele tem por codinome Salvador, e é um problema.

Somos campeões em desemprego, transbordamos invasões pela cidade, somos violentos, mas até que teremos uma nova ciclovia. São Salvador. Tão santo ele é que nessa nossa triste alegria momesca, corremos felizes ao conseguirmos convites para um show que custa não mais que dois reais e cinqüenta.

Eu estou triste com a vida porque, pra ganhar dinheiro, minha amiga Aline virou neo-hippie alternativa e vende bijuteria por aí. Estou triste porque, pelo mesmo motivo, o amigo Pimpão teve que vender até suas mechas, pois cinema não vale cachos - e ainda tem que engolir alcunha de “ovo de codorna”, um absurdo!

É um pobre país esse o nosso, onde um ex-metaleiro (ops!, quis dizer, headbanger!), cabeludo, tem que vender suas mechas para sobreviver. Bom mesmo são os Estados Unidos, os da América, onde você pode sobreviver como punheteiro de hospital, lendo e assistindo vídeos pornôs para vender o néctar da vida....

Néctar da vida é foda!

Márcio